quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

LUAS DE AJURUTEUA - CANTO Nº 16

Enzo Carlo Barrocco



FLAGELOS E TORMENTAS
O tempo muda o trajeto
de suas ações violentas.
Não temo, também sou parte
dos flagelos e das tormentas.


UMA LUA AO  MEIO-DIA
Uma lua ao meio-dia
nada diz de insensatez,
para compor a paisagem
este poema se fez.


CASO PERDIDO
Gilsimara, Gilsimara,
ai, como eu tenho sofrido!
Não suportando a jornada
dou como caso perdido.


MATÉRIA
Logo, logo cheira mal
um cadáver insepulto,
desta sina ninguém foge,
toda morte é um insulto.


AS IMPROVÁVEIS ROTAS DA POESIA
Duas lagartas na folha
traçam seu caminhos frágeis,
a poesia se mostra
nas cenas mais improváveis.


Nenhum comentário:

ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...