terça-feira, 8 de abril de 2014

LUAS DE AJURUTEUA – CANTO Nº 15

Enzo Carlo Barrocco


IMAGEM
Não há imagem mais bela,
Não há imagem mais bela
Que a lua no horizonte
Surgindo toda amarela.

PAISAGEM DE OUTROS TEMPOS
O silêncio toma conta
Da paisagem; que assim fique!
As vespas rondam as paredes
Das casas de pau a pique.

DENTRO DA NOITE
Na madrugada esplêndida
Estrelas, lua, amplidão,
Todo o cosmo cabe inteiro
Na palma da minha mão.

A ETERNA MORADA
No dia que tu seguires
A tua eterna morada
Não levarás coisa alguma,
Nada, nada, nada, nada...

OS TEMPOS DIFÍCIEIS
Eu morria toda tarde
E a cada manhã renascia,
Lembro bem, tempo difíceis
De dor e melancolia. 


sexta-feira, 4 de abril de 2014

CONVITE EM QUATORZE VERSOS

Enzo Carlo Barrocco

















O sol morrendo, morrendo
por trás das ilhas distantes,
a paisagem um pouco antes
era de um quadro estupendo.

Encostado, contemplando
no muro de contenção,
um velho estende a mão
como se a tarde saudando.

A luz é um ponto branco,
no tempo que se  contrai,
depressa o dia se esvai

sem alarde ou solavanco;
a lua é um convite franco
aos entes que a noite atrai.


quinta-feira, 3 de abril de 2014

ABÍLIO BARRETO: POETA E HISTORIADOR


O POEMA







O POETA 
















Abílio Vieira Barreto (Diamantina 1883  Belo Horizonte 1957) poeta, dramaturgo, jornalista e  historiador mineiro passou a vida trabalhando no serviço público, embora a literatura tenha sido o seu ofício de alma. Trabalhou, também, como repórter de jornal, inclusive fundando um jornal chamado Diário de Notícias, juntamente com Vasco de Azevedo. Abílio foi eleito para a Academia Mineira de Letras e conheceu grande notoriedade como historiador e poeta ruralista. O escritor  é tido como um dos grandes escritores brasileiros com um trabalho literário de valor inestimável. 



terça-feira, 1 de abril de 2014

SOL DE ACRÍLICO

Enzo Carlo Barrocco





Veja a rua,
meu poema-paralelepípedo 
rijo e mau,
estende-se sob um sol de acrílico;
há uma dor pulando o muro gasto.

Pronto! Tudo é frágil
à sombra desimportante do meu
verso.
Sou o que seja...
Ave ribeirinha imóvel

à beira d'água.


ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...