quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O POEMA PROCURA UMA VEREDA

Enzo Carlo Barrocco























Uma luz escassa bate nas vidraças,
ao longe uma imagem diáfana,
obscuros caminhos para o distante da mente;
o poema procura uma vereda.

Pessoas nas ruas, céu carregado de fuligem;
tempo parado, nenhuma aragem pelas árvores.
Agora  é hoje para se pensar no ontem.

Criança alguma chorou até o momento.
No final da rua cães arruaceiros
põem desordem no sossego do dia;
o poema procura uma vereda.



segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

LINGUAGEM E POESIA

Enzo Carlo Barrocco



Foto: Enzo Carlo Barrocco













Eu não invento essas palavras
que dimanam das bocas sórdidas dos diletantes;
eu não imagino esses diagramas
que se formam nas refegas e correm
entre as árvores dos quintais.
Seria estúpido dizer que domino
linguagem e poesia,
essas moças indomáveis
que galopam seus alazões de vento. 


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

HAI-KAIS - 27ª TRÍADE

Enzo Carlo Barrocco


A bela manhã,
entre os eitos da lavoura
uns trabalhadores.

**

Casca de cigarra –
no início de janeiro
as nuvens de chuva

**

Roupa enxaguada
menina volta do rio
bacia na cabeça.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

RUBEM ALVES NO DIÁRIO DOS PENSADORES


A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar. 























Rubem Alves 
(Boa Esperança, 1933)
Ensaísta, biógrafo e cronista mineiro













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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

PÁSSAROS DO ANOURÁ - Poetrix - 6ª Tríade

Enzo Carlo Barrocco



IMUTABILIDADE
Nos céus antes tudo
Deus vagava no universo
Taciturno, mudo.

VIAGEM AOS ESPELHOS
A lua, do pássaro,
Reflete no negro lago
Sua reide de afago.

O INVERSO DE PLANK
O ontem ficou há
Sete mil anos no longo
Bafejo do tempo.


ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...