quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ETERNIDADE

Enzo Carlo Barrocco

Teu rosto no vitral, a chuva e a luz
que escorrem lentamente dos meus olhos
ganham a eternidade nos refolhos
destes versos, desesperadamente, azuis.

Nos vitrais, muito embora, embaçados
vê-se ainda o contorno do teu rosto,
é urgente o sorriso anteposto
rente aos teus olhos desolados.

Nas linhas arqueadas destes versos
ponho lume e pedra, cataclismo;
tenho subjúdice  o histerismo

com o qual me diluo e me disperso;
entretanto, vou ter sempre em mim imerso
o teu rosto inteiriço de lirismo.



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