segunda-feira, 1 de outubro de 2012

FLORES DE TRACUATEUA - CANTO Nº 3

Flores de Algodão

Não são palavras extremas
que ora trago na mão,
uns seis ou sete poemas,
flores brancas de algodão.

Os Lápis

Perde-se aqui o meu verso
entre meus dedos compridos,
o vago azul do universo,
os lápis adormecidos.

Simetria

Nada existe mais centrada
e aposto com quem quiser,
harmônica, simetrizada
que a vulva de uma mulher.

Insignificância

Com a mão larga e comprida
junto um punhado de areia,
vale bem menos a vida,
um terço dessa mancheia.

Trova para se consolar

Eu bem sei que embora sendo
a vida breve e amarga
vou, no entanto, vivendo
que a morte é certa e se alarga.

Nenhum comentário:

ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...