sexta-feira, 1 de junho de 2012

ESTRELA E PIRILAMPO


Enzo Carlo Barrocco


Eu sempre fico com a primeira estrela,
estrela linda, estrela luz,
e nos meus lábios o azul de um anjo
que de tão pequeno num poema pus.

E a noite segue num caminho lácteo
com vastas roupas roçando o chão,
na gola alta um gnomo cáqui
e luas brancas na palma da mão.

É madrugada, quietude plena,
e os pirilampos em fragatas verdes
já se despedem da manhã serena

que há de vir. E meus poucos textos
entre o azul que se forma lasso
guardam segredos em pequenos cestos.

Nenhum comentário:

ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...