sexta-feira, 10 de junho de 2011

AS FLORES VIRTUAIS

Enzo Carlo Barrocco



Estou  saindo para não morrer
de solidão e tecnologia,
armo a palavra e sobre a língua vária
fecho as cortinas da melancolia.

Somente a luz virtual e fria
apodera-se dos meus dedos brancos
entretanto, entre solavancos
ando à procura de aves retirantes.

Que importa a música e a estrofe
que  o tempo não tem rédea ou peia,
a cada hora a palavra muda,

a cada dia tudo mais se afeia,
hoje o perfume sensual das flores
busco nas telas dos computadores.



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