quarta-feira, 27 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

NOTAS PEQUENAS - O FLUMINENSE NEM FRED NEM CHEIRA


Croniquetas

por Enzo Carlo Barrocco



Fluminense 1 X Santos 4: sobraram as espinhas do Peixe na garganta tricolor

E o Fluminense, hem! Eliminado no meio da semana passada pelo Corinthians pela Copa do Brasil, ontem acabou goleado pelo Santos que nem está com essa bola toda, também. Aliás, o Fluminense só avançou na Copa do Brasil no jogo contra o Águia de Marabá do Pará, porque os dois auxiliares prejudicaram sobremaneira o time paraense. O Fluminense tem um elenco cheio de craques, um técnico campeão do mundo, mas parece carne de porco: não rende.




terça-feira, 19 de maio de 2009

SE É BELA A NOITE

O JEJU


Miniconto
por Enzo Carlo Barrocco




Paulinha com uma bacia de roupa passou para o igarapé. Zé Antônio que observa a seguiu. Deu a volta e escondeu-se para cima do barranco atrás de um tronco. Esperou e esperou até que Paulinha terminasse tudo. Por fim a moça tirou toda a roupa e desapressadamente mergulhou. O Zé, evidentemente, tinha medo de ser flagrado ali, pois seria eternamente chamado de Jeju (peixe abundante nos rios amazônicos), apelido que tomam os que são pegos nessa situação. Que corpo lindo! Após, saiu da água para se ensaboar. Sem querer, Zé Antônio fez um ruído; Paulinha, com o sabão no corpo, levantou a cabeça perscrutando em volta. Devia ser um lagarto qualquer, pensou. Zé Antônio enlouqueceu quando Paulinha ensaboou delicadamente o sexo; afastara até um pouco a perna. O desajustado Zé ouviu vozes para o caminho de cima e, mais que depressa, esperou ao largo. Quando voltou Paulinha se fora. Broco, o cachorro do velho Bena, à beira d´água, saciava a sede.




A TENDA DOS BLOGUEIROS - MICROCONTOS DA ZEZÉ


76 - Quatro amigos

O tempo havia passado para os quatro amigos. No café, relembravam os arroubos da juventude enquanto despiam com o olhar as ninfetas que passavam.

Do Blog da Zezé Pina

http://microcontoszeze.blogspot.com/

segunda-feira, 18 de maio de 2009

POR DEBAIXO DE ACHAS


Miniconto


por Enzo Carlo Barrocco



À noitinha eu, meu pai e dois irmãos fomos visitar o professor Joaquim que caíra doente na terça-feira. O fato é que o professor, querendo economizar algum dinheiro, resolveu ele próprio derrubar árvores com a finalidade de confeccionar cavacos para a cobertura da casa que estava estragada. Com um machado às mãos, o professor cortava o tronco de um açacu quando, subitamente, a árvore vergou e, em seguida, veio abaixo e os últimos galhos pegaram o professor que corria atarantado. A situação apontava para remédios caseiros já que a localidade de cinco casas situava-se longe de tudo e de todos. Quando saímos de lá meu pai comentou: é! o professor Joaquim “está por debaixo de achas!”.





quinta-feira, 14 de maio de 2009

TUTI MAIOLI NETO: O POETA DA IMAGEM



Tuti Maioli Neto
(Jacarezinho 1954)
Poeta, jornalista e fotógrafo paranaense


...............................

se
caem estrelas &
meteoritos
chuvas de lavar almas
despencam bananas
avencas &
lembranças
de bonito
fazendo malabarista
caio por você

..............................




terça-feira, 12 de maio de 2009

HAI-KAIS - 16º TERCETO


Enzo Carlo Barrocco



Um sol poente,
algumas cigarras trinam
no abacateiro.

***

As borboletas
num jardim de luz e limo -
tardes de agosto.

***

Casebre de taipa,
um frio, um sono tranquilo -
alta madrugada.


A TENDA DOS BLOGUEIROS - MICROCONTOS CARLOS SEABRA

microcontos de carlos seabra

Sortear um novo microconto




Um mendigo atropelado na beira da estrada. Os carros se desviam o suficiente para não sujarem os pneus com sangue.

Do blog do Carlos Seabra

http://www.seabra.com/cgi-seabra/contos/randtxt.pl/contos2.html

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O DIÁRIO DOS PENSADOREDS - PÁGINA 38


Os cabelos brancos são arquivos do passado.

- Edgar Allan Poe (Boston 1809 – Baltimore 1849) poeta

contista e ensaísta americano


A ciência descreve as coisas como são; a arte, como são sentidas, como se sente que são.

- Fernando Pessoa (Lisboa 1888 – Idem 1935) poeta, ensaísta e cronista português


A vida é um sonho vão que a vida leva. Cheias de dores, tristemente mansas.

- Vinícius de Moraes (Rio de Janeiro 1913 - Idem 1980) poeta, compositor e cantor fluminense


Há duas coisas infinitas: o universo e a estupidez. Ando inseguro quanto ao universo.

- Albert Einstein (Ulm 1879 – Princenton, EUA 1955) físico americano nascido na Alemanha


Poucas pessoas são modestas o suficiente para suportar uma avaliação correta.

- Marquês de Vauvenargues (Aix-en-Provence 1715 – Paris 1747) ensaísta francês


Por medo de diminuir, deixamos de crescer.

- Paulo Coelho (Rio de Janeiro 1947) romancista, compositor e jornalista fluminense


Há três espécies de mentiras: mentiras, mentiras deslavadas e estatísticas.

- Benjamin Disraeli (Londres 1804 – Idem 1881) político inglês


Cabe à mulher casar-se o quanto antes e ao homem ficar solteiro o maior tempo que puder.

- George Bernard Shaw (Dublin 1856 - Hertfordshire 1950) dramaturgo, ensaísta e crítico irlandês


Demonstrar ira é vingar as faltas alheias em si mesmo.

- Alexander Pope (Londres 1688 - Idem 1744) poeta inglês


Se você está perdendo o seu prazer, preste atenção! Você pode estar perdendo a sua alma.

- Logan Pearsall Smith (Millville 1865 – Londres 1946) ensaísta americano


A solução para a violência é fácil: a punição dos culpados.

- Barbosa Lima Sobrinho (Recife 1897 – Rio de Janeiro 2000) ensaísta, jurista, historiador, jornalista e político pernambucano


A verdade não está com os homens, mas entre os homens.

- Sócrates (Atenas 470 – Idem 399 a C.) filósofo grego




segunda-feira, 4 de maio de 2009

THAÍS GUIMARÃES: UMA POETISA DO BRASIL


Thaís Guimarães
(Fortaleza 1961)
Poetisa cearense

A OUTRA


E te amei desde sempre
em cada mulher que sou.
Ainda que soubesse
sempre me perderias.
E te odiei noite e dia
em cada mulher que te amou.


CURIOSIDADE


Minoconto


por Enzo Carlo Barrocco



Estancou à porta com as vozes que vinham da sala. Franziu o sobrolho ao ouvir risadas. O chefe dela era um homem sério, reto, probo e sempre demonstrou serenidade diante dos funcionários. Vez por outra risinhos, vez por outra silêncio. Evidentemente, se fosse algo suspeito, a porta estaria trancada; no entanto não arriscou em conferir sua dúvida. Quem estaria lá? Por um momento fora ao banheiro e, certamente, naquele intervalo a pessoa havia entrado. “A curiosidade também mata” – pensou. Atendeu ao telefone com o recado da portaria com relação a um documento urgente. Correu à portaria. “Meu Deus!” – pensou – “tomara que ela ainda esteja lá!”.



ALVARENGA PEIXOTO: O POETA INCONFIDENTE

Inácio José Alvarenga Peixoto, poeta fluminense (Rio de Janeiro 1744 – Ambaca, Angola 1793), estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janei...