quarta-feira, 11 de junho de 2008

JIRAU DIVERSO N° 26

JIRAU DIVERSO
Nº 26– abril.2008
por Enzo Carlo Barrocco

A POESIA PAULISTA DE CARLOS FELIPE MOISÉS
O POEMA
AS FORMAS DO BRANCO
Caminho pela neve
e o mundo principia neste branco.
Tenho a verdade, sonho breve,
branco retido no branco.
Girassol amanhecido longe,
a verdade apareceu-me nesse branco.
Tempo devorado como carne, corpo ferido,
vermelho sobre o branco.
Os pássaros nascem nas nuvens,
azul distante.
Tinha a verdade, perdi-a;
branco escondido no branco.

O POETA
Carlos Felipe Moisés, paulista da capital, poeta e crítico literário, no convés da fragata desde 1942, no início da carreira participou de um grupo de jovens escritores de São Paulo e Santa Catarina chamado de “Os novíssimos”. Moisés é um poeta dos nossos tempos, levando para os seus escritos os sons e as cores que encantam ao primeiro contato. Pós-modernidade de lirismo na excepcional poesia de Moisés.
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ESTANTE DE ACRÍLICO
Livros Sugestionáveis
O Melhor das Comédias da Vida Privada (Contos)
Autor : Luís Fernando Veríssimo
Edição: Editora Objetiva
Na mesma linha de “A Vida Como Ela É...” de Nelson Rodrigues, Veríssimo vai tecendo histórias sensuais usando de seu talento de costume. Menos seriedade do que Nelson, entretanto seu humor continua excelente.
Oração de Floresta e Rio
Autor: Marcos Quinan
Edição: Projecto Editorial
Quinam viaja por furos e igarapé, igapós e várzeas para mostrar a poesia dos povos das florestas. Aqui e acolá um poema-homenagem.

Poesia de Florbela Espanca – Volume I
Edição: L&M Pocket
“Trocando Olhares”, O Livro D´Ele” e “Livro de Mágoas” são três dos livros de Florbela aqui reunidos. Embora o forte ímpeto erótico, a poeta, em certos momentos, mostra-se bastante melancólica. Florbela e sensível e surpreendente.

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A FRASE DI/VERSA
- A repetição é a mão do talento. Se não repetir não acerta.
. Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga (Ijuí 1963) ex-jogador gaúcho e atual técnico de futebol.

DA LAVRA MINHA


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