terça-feira, 27 de novembro de 2007

DESPEDIDAS


Miniconto

por Enzo Carlo Carlo Barroco









Eram 6 e 30 e, embora a manhã estivesse claríssima, para Regian era uma manhã muito triste. Ao longe o ruído conhecido do velho ônibus de todos os dias, exceto aos domingos, que levaria para a cidade, depois de 20 dias, a prima Odila. Apaixonou-se pela prima de 14 anos, olhos grandes e pretos, cabelos longos e tez parda. Não teve a devida coragem de interpelá-la quando, por vezes, existia a possibilidade. O ônibus parou entre as duas casas do lugar, abriu a porta dianteira e esperou. Regian, por trás de uns velhos coqueiros, observava as despedidas; sentiu um aperto. Mas o que fazer? O coletivo, empoeirado da estrada, desapareceu por trás do mato.

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